O crédito de carbono funciona como uma “moeda” criada para incentivar a redução da emissão de gases do efeito estufa (GEE) na atmosfera. Cada crédito representa a redução ou remoção de uma tonelada métrica de CO₂ do ambiente.
Esses créditos são gerados por projetos sustentáveis. Quando um projeto reduz uma tonelada de CO₂, ele recebe um crédito, que pode ser comercializado globalmente. Empresas que têm dificuldade em atingir suas metas de redução podem comprar créditos para compensar suas emissões, ajudando a equilibrar as emissões globais e promovendo práticas sustentáveis.
Os créditos de carbono operam como um mecanismo de compensação ambiental. Empresas e países que não conseguem atingir suas metas de redução da emissão de GEE podem comprar créditos de carbono gerados e vendidos por outras empresas ou países. Dessa forma, é possível compensar os impactos das suas emissões.
Qualquer país ou organização pode gerar créditos de carbono, desde que desenvolva projetos que comprovadamente reduzam ou capturem gases de efeito estufa.
No Brasil, os projetos precisam ser implantados em território nacional, alinhados a diretrizes de sustentabilidade e validados por certificadoras. Após a certificação, os créditos podem ser comercializados tanto no mercado regulado quanto no voluntário.
Empresas e governos podem comprar créditos de carbono para compensar suas emissões. Esse mercado é especialmente útil para organizações que têm dificuldade em reduzir diretamente suas emissões devido à natureza de suas operações.
No setor industrial, os créditos de carbono são uma solução prática e estratégica para alinhar operações às metas de sustentabilidade e eficiência ambiental. Indústrias que investem em iniciativas sustentáveis ganham vantagem competitiva, especialmente ao participar de mercados que valorizam práticas ESG.
Aderir a projetos como os de eficiência energética e uso de energias renováveis é uma forma de gerar créditos de carbono e ajudar a reduzir custos operacionais no longo prazo, sendo vantajoso em termos de competitividade.
Devido à complexidade das normas e certificações, muitas empresas optam por contratar consultorias especializadas para ajudar com este processo. Essas consultorias auxiliam na elaboração de projetos, no cálculo de reduções de GEE e na comercialização dos créditos, garantindo que as iniciativas atendam aos critérios necessários.
O mercado de carbono é o ambiente no qual ocorrem as negociações de compra e venda dos créditos de carbono. Essas negociações são realizadas por leilões eletrônicos realizados pelo BM&FBovespa e podem ser agendadas por empresas privadas ou públicas que desejam ofertar seus créditos de carbono no mercado.
Esse mercado se divide em dois tipos:
Segue regras de acordos internacionais, como o Protocolo de Kyoto e o Acordo de Paris. Nele, países e setores com metas obrigatórias de redução de emissões negociam os Certified Reduction (CER). O mercado regulado tem maior controle, custos mais elevados e exige projetos rigorosamente certificados. Contudo, oferece maior retorno financeiro para os participantes.
Opera fora de exigências regulatórias, permitindo que empresas e indivíduos compensem suas emissões de forma espontânea. Nele, os créditos são chamados de Voluntary Emission Reduction (VER) e os custos são menores. O mercado voluntário é mais flexível, sendo ideal para projetos menores e iniciativas de restauração ambiental, mas carece de uma padronização universal.
Para serem negociados, os créditos de carbono precisam passar por um processo de certificação, que garante sua legitimidade e conformidade com padrões rigorosos. Certificadoras internacionais, como Verra e Gold Standard, são líderes no mercado, mas empresas brasileiras estão começando a se destacar nesse meio, adaptando metodologias aos biomas tropicais.
A Amazônia, maior floresta tropical do mundo, possui um enorme potencial de absorção de carbono. Ela atua como um reservatório natural que retira grandes quantidades de gases de efeito estufa da atmosfera, contribuindo para a estabilização climática global.
A geração de créditos de carbono na Amazônia está associada a projetos que evitam o desmatamento e promovem a conservação da floresta. Um dos mecanismos mais utilizados é o REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal). Esses projetos têm como objetivo reduzir as emissões provenientes do desmatamento, conservar estoques de carbono florestal e fomentar práticas de manejo sustentável.
A geração de créditos de carbono ocorre a partir de projetos que reduzem ou evitam a emissão de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera, ou que capturam e armazenam carbono já presente.
Confira algumas iniciativas comuns:
As vantagens e desvantagens do sistema de crédito de carbono: